Princípio da corresponsabilidade inevitável.

Todos os setores da organização exercem papel de muita importância para que a cadeia logística tenha pleno sucesso, porém, o Departamento de Suprimentos tem características próprias, que se não estiverem perfeitamente organizadas, administradas, estruturadas estrategicamente controladas, avaliadas sistematicamente e, principalmente, alinhadas com a missão, visão e filosofia dos negócios da organização, pode-se extrair muito “pouco” do “muito” que os suprimentos podem alavancar.

As atividades de suprimentos, além de garantirem a eficácia no abastecimento em todo o fluxo logístico, podem e devem ser encaradas como um setor de resultados, que proporcionarão às organizações melhoria de produtividade e ganhos no mercado por competitividade.

É de conhecimento de todos os leitores que a cadeia logística, para ser considerada eficaz, necessita que todos os setores que compões o fluxo produtivo estejam perfeitamente sincronizados e alinhados em todos os seus aspectos de dependência e interdependência natural de suas atividades, agindo, de preferência como se fosse um único fluxo lógico, que respeita o conceito de tempo, quantidade, qualidade, produtividade, racionalidade, rastreabilidade e funcionalidade, e que, ainda permita a identificação, e a aferição de todos os controles, em todas as ações praticadas. Infelizmente, os consultores dessa área de especialização têm notado que as atividades de suprimentos têm sido muito pouco percebidas pela maioria dos seus dirigentes. Os suprimentos podem e devem contribuir para os resultados efetivos da organização, independentemente de cumprir com todos os processos e normas do fluxo logístico e demais características citadas anteriormente.

Infelizmente, na maioria das vezes, os consultores são chamados quando O Departamento de Suprimentos já está em estado terminal, agonizando, quando o caos já foi instituído, os prejuízos pela falta de gestão dos suprimentos provocaram um nível de ruído organizacional que incomodou a todos e refletiu não só na controladoria e no fluxo produtivo, como também na direção, presidência e, muitas vezes, no humor dos seus acionistas.

Somente quando se termina a implantação do projeto de melhorias dos suprimentos é que os clientes percebem o quanto o fluxo ficou mais “livre, leve e solto”, parafraseando a música popular; porém com os devidos controles de seus Key Performance Indicator (KPIs), na transparência da gestão à vista e no planejamento estratégico dos suprimentos implantado. Percebe-se, ainda, que é muito possível obter savings significativos, negociando e comprando de melhores fornecedores, nas melhores condições de pagamento e entrega, e nas quantidades ideais, definidas pela política de gestão de materiais do uso em relação ao tempo.

Não vamos aqui detalhar todos os aspectos, porém, existem alguns conceitos e aspectos que podem tornar um Departamento de Suprimentos eficaz ao fluxo logístico e, ao mesmo tempo, alavancaras vantagens competitivas à organização.